Título: A Herdeira
Gênero: Literatura Estrangeira / Romance / Adolescente
Páginas: 390
Idioma: Português
Ano de Lançamento: 2015
Saiba mais: Skoob
Aviso: Essa resenha contém spoilers. Leia por sua conta e risco!
Avaliação:









Sinopse: Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.
Ambientada 20 anos após o termino de "A Escolha", A Herdeira é uma continuação da série "A Seleção" da autora Kiera Cass, que encantou leitores de todo o mundo. Depois de uma seleção tão difícil, Maxon conseguiu levar America ao altar e com o trágico desfecho daquela invasão, se tornaram o Rei e a Rainha de Illéa. Seu reinado foi mais amável que de seu pai, isso fica evidente nas ações que toma pelo seu povo e na linda família que formaram. Eadlyn e Ahren são gêmeos, os primogênitos, onde sete minutos escolheram o novo governante do pais. Eles teriam a primeira mulher no comando!
Eadlyn cresceu com uma grande responsabilidade sobre si. Assumir o trono é uma tarefa complexa, que envolve muito treinamento, estudo e privação de uma infância/adolescência normal, mas ser a primeira mulher nessa posição é ainda mais complicado. Ela precisa se mostrar forte, determinada e sempre confiante... Kiera criou todos os elementos para uma protagonista daquelas amada pelo público, mas não! Eadlyn é mimada, prepotente e soberba. O que faz com que todos tenham um opinião nem sempre positiva sobre ela e suas atitudes.
Eadlyn é uma mulher de personalidade forte, independente e nunca se imaginou apaixonada como seus pais ou mesmo casada. Por isso ela se sente ultrajada quando seus pais propõe que ela inicie uma seleção. Mas o que começou com uma jogada política, aos poucos se transforma num processo de auto conhecimento. Não que Eadlyn vá assumir isso ou que vá ceder facilmente a pressão...
A seleção começa de forma desastrosa, mas os garotos acrescentam muito a trama. Dessa vez não temos um triangulo amoroso! Na realidade, suas preferencias são bem nebulosas e o livro acaba sem que exista uma maior definição da parte dela. Ao contrario de mim, que já escolhi meu queridinho! Não acho que eles possam terminar juntos, ao contrario, acho que seria até meio marmelada. Mas seria tipo um conto de fadas e eu sou boba né, adoro essas coisas!
Para a sorte do leitor, a família real integra pessoas mais agradáveis e que me fizeram vibrar a cada verdade dita na cara da amável princesa. Como o seu irmão Ahren que é o mais atencioso.
Kaden, o irmão do meio é um verdadeiro diplomata e, apesar da idade, acho que seria o mais preparado para assumir o trono. Já Osten, o caçula, é o diabinho em pessoa. Atentado que só ele! Uma pena que não tenham sido mais explorados. Maxon continua o mesmo fofo de sempre, enquanto Ameria foi abduzida! Aquela garota impulsiva e indecisa foi substituída por uma copia ruiva da Rainha Amberly, morna e completamente sem sal. Nada parecida com aquela garota vibrante e impetuosa que conquistou a todos na seleção. Outros personagens já conhecidos pelo público também dão o ar da graça nessa nova aventura Aspen & Lucy e Marlee & Carter, com o adicional bônus de Josie e Kile, seus dois filhos.
Dizer que não gostei da protagonista é pouco. Ela se da uma importância tão grande que parece que já é a Rainha de Illéa! Passei a maior parte da primeira metade do livro vibrando com as patadas que ela recebia e querendo lhe dar uns tapas na cara dela dizendo acorda pra vida menina!. Entendo a pressão que ela sofreu, entendo o porque ela precisava se fazer de forte, mas não acho que NADA é justificativa para ela agir da forma que agiu. Maxon foi criado e educado pelo Rei Clarkson e é aquele amor de pessoa, então pra mim só há uma justificativa é que ela é assim e pronto.
Apesar de tudo, A Herdeira tem muito o que acrescentar ao leitor, principalmente no quesito reflexão pessoal. Acredito que existam muitas Eadlyn perdidas por ai. Não faltam reviravoltas e acontecimentos marcantes além de nos dar a oportunidade de ver como o mundo pós-castas se desenrolou e nos mostrar que que nem todos os contos de fada terminam com felizes para sempre.
Kiera Cass me irritou e instigou, mais uma vez. Por que, o que foi aquele final? A autora continua escrevendo de forma fluida e viciante. Se você não se irritar tanto quanto eu, tem grandes chances de ler o livro de uma vez só. Achei inteligente a autora fazer desse um livro independente, assim, se você não se importar de pegar spoilers, pode lê-lo sem qualquer prejuízo ao entendimento da história.
ATENÇÃO! Esse livro não é o primeiro de uma série e pode conter spoilers! Confira a resenha anterior dessa série: A Seleção, A Elite, A Escolha e Contos da Seleção, clicando em uma das capas abaixo:
E aí, quem já leu ou se animou para ler? Vou adorar saber a opinião de vocês nos comentários.
Obrigada por tudo, pessoal!
Beijo
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