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NOTA4.0
Loucas pra Casar, não é das piores, já que uma reviravolta no terceiro ato, mérito do roteiro de Marcelo Saback e Julia Spadaccini, muda a perspectiva sobre o tema, mas nenhum pássaro consegue voar com asas quebradas. Desesperada, busquei durante todo o filme me agarrar a algo que modifique a sensação amarga de ter, mais uma vez, assistido na tela grande uma trama, e um desenvolvimento falho, que caberiam perfeitamente na grade televisiva, com todos os vícios do formato.
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É um humor escrito para ser lido em teleprompter, falado como num palco de teatro, com ritmo de sitcom, dirigido por alguém que parece saber exatamente a hora das inserções dos intervalos comerciais. Na dúvida, apela para o pastelão pouco inspirado, conduzindo a cenas patéticas.
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Com subtramas que formam uma colcha de retalhos de comédias americanas, emolduradas por alguns diálogos, o que evita o desconforto é a atuação do trio principal: Ingrid Guimarães, Suzana Pires e Tatá Werneck. Os conflitos entre as três, mesmo que seja um artifício utilizado, em detrimento da evolução narrativa das personagens, ganha pontos pelo carisma das atrizes, exercitando ótimo timing cômico. Já Márcio Garcia, que provou ser um bom diretor, continua sendo um ator muito limitado.
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Os astros da Globo Filmes, sem a máquina de divulgação da empresa, presos aos roteiros fracos de suas produções, com diretores pouco inspirados, seriam impactados por um choque de realidade. Cinema não pode ser subproduto de qualquer empresa, é uma Arte que precisa ser levada a sério. O monopólio impede a necessária competitividade, que é essencial na formação de uma indústria.
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É o sexto filme de Santucci em quatro anos, todos no mesmo gênero e reutilizando a mesma fórmula, uma estatística que pode explicar a falta de fôlego perceptível em vários momentos. O mesmo roteiro, nas mãos de um cineasta jovem, com sangue nos olhos e maior ousadia, poderia ter resultado em um entretenimento mais satisfatório.
E vocês, o que andam assistindo? Ou se viram, me contem o que acharam.
Obrigada por tudo, pessoal!
Beijo
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