Imagem: Divulgação
NOTA5.0
Inspirado no clássico escrito por Erico Verissimo, autor de O Tempo e o Vento, 2013, As Aventuras do Avião Vermelho é uma pequena história a respeito de um garoto, filho de um pai ausente e viúvo, que usa o poder da imaginação para conhecer mundos diferentes. A história originalmente foi lançada em 1936, e durante muitos anos foi considerado um trabalho “menor” dentro da obra do autor. Agora, no entanto, essa visão foi refeita, graças à realização dos diretores José Maia e Frederico Pinto.
Imagem: Divulgação
A animação traz como personagem principal o menino Fernandinho (voz de Pedro Ian) um garoto muito arteiro criado sem rédeas por um pai (Sérgio Lulkin, de Meu Tio Matou um Cara, 2004) sempre ocupado com seus compromissos profissionais. Os dois ressentem-se da falta da mãe e esposa, falecida há alguns anos, e a empregada Josefina (Zezeh Barbosa, de Bendito Fruto, 2004) até se esforça para manter a casa em ordem, mas obviamente não consegue suprir todas as carências da família. Pai e filho, aos poucos, vão se aproximando, e um ponto em comum que descobrem é a paixão pela leitura. É quando o adulto oferece ao pequeno o livro do Capitão Tormenta, e com ele um pequeno avião vermelho que o menino começa a viajar.
Imagem: Divulgação
Fascinado pelas histórias que descobre nas páginas literárias, o menino parte para uma jornada única, acompanhado dos bonecos Chocolate (Lázaro Ramos) e Ursinho (Wandi Doratiotto, de Família Vende Tudo, 2011) e à bordo do intrépido Avião Vermelho (Milton Gonçalves), agora dono de um personalidade própria. A missão? Resgatar o Capitão Tormenta, supostamente perdido na inóspita Kamchatka! A maneira como se desenvolve a lógica através das brincadeiras infantis (como, por exemplo, o uso invertido de uma lupa) é perfeitamente compreensível, e os destinos visitados da Usina do Gasômetro, ponto turístico singular no cenário de Porto Alegre, para a Lua, passando pelas selvas africanas e o colorido irresistível da Índia possuem um encantamento próprio.
Imagem: Divulgação
Vencedor do prêmio Santander Cultural/APTV/Prefeitura de Porto Alegre para desenvolvimento de roteiros de longa-metragem em 2003, exigiu mais de uma década de esforços e dedicação dos seus responsáveis para que ficasse pronto para alçar voo rumo às telas. Com uma história enxuta, algumas piadas e a dublagem de alguns atores mais conhecidos oferecem um charme a mais ao conjunto, mas em sua essência o que importa é a fantasia e o prazer da descoberta algo típico das melhores infâncias.
E vocês, já assistiram ? Me contem o que acharam.
Obrigada por tudo, pessoal!
Beijo
0 comentários: