# RESENHA 19 // O TEOREMA KATHERINE





Título: O Teorema Katherine
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Gênero: Literatura Estrangeira / Romance
Páginas: 304
Ano de Lançamento: 1 / 2013
Avaliação:     


    Acho que todo leitor que se preze mesmo gostando ou não de romance ou de ler (acreditem, ainda tem muitos por ai), já se sentiram tentados a ler ou dar uma espiadinha nesse livro. Confesso que ouvi tantas especulações, criticas e sugestões que preferi esperar um pouco a poeira baixar para ler e ter a minha própria conclusão sobre a obra.

O Teorema apresenta a história de Colin, um garoto considerado um prodígio desde de sua infância, que acaba de se formar no Ensino Médio e que está de coração partido. Fato que deixa sua família e seu melhor e tenho que frisar "único amigo" Hassan, preocupados e com motivo. Durante toda a sua vida Colin, recebeu destaque pela sua aptidão intelectual, mas é fato que os gênios têm seus momentos “Eureca!” aquele momento que eles criam ou descobrem algo muito importante, e Colin, sente que o seu tempo está passando e nunca terá o seu momento “Eureca!”. 

Por conta disso, o personagem fica praticamente a beira de uma crise quase "existencial" por querer não ser apenas um prodígio o que segundo ele, é diferente de gênio. Colin, apenas aprende as coisas muito rápido e consegue formular milhares de anagramas mentais mais rápido que qualquer outra pessoa o que o faz ser apenas considerado um prodígio porque ele ainda não criou nada como um gênio faz. Fato que no decorrer da história fica perceptível ao leitor e começa a incomodar bastante o personagem, porque ele tem muito medo de passar a vida sem conseguir fazer algo grandioso.

 E o fato da última Katherine ter terminado o relacionamento com ele acaba não ajudando em nada. Mas permita-me ressaltar: essa parte das namoradas do Colin, é de longe a parte mais bizarra do personagem. Pode parecer loucura, mas Colin, já namorou dezenove garotas com o mesmo nome, ou seja, 19 Katherines, e por incrível que pareça cada uma delas terminou com ele. Seu namoro mais extenso foi com a Katherine XIX, o mais recente “pé na bunda”. E para você que ainda não leu, e esta pensando em como ele chegou a essa soma absurda, é bom ressaltar que o personagem leva em consideração até os namoros de infância.

Desesperado em ser importante e ter sua amada Katherine XIX de volta, Colin e Hassan decidem que ao invés de trabalharem durante as férias e se prepararem para entrar na faculdade, eles deveriam fazer uma viagem. Simplesmente colocar as malas no carro carinhosamente (ou não) chamado de Rabecão de Satã e sair pela estrada, sem destino determinado. E é a partir deste momento, em que Colin se permite sair de sua zona de conforto que  a nossa diversão e a verdadeira história começa! As confusões que Colin e Hassan se envolvem são hilárias, e um ponto forte do livro é o próprio personagem Hassan. Imagine ser melhor amigo de um menino prodígio. Imaginaram? Hassan é um verdadeiro consultor de “como ser legal com as pessoas” para o amigo. Colin não sabe lidar com as pessoas, não percebe que a maioria das coisas que acha interessante é um tédio para as pessoas normais, e cabe ao Hassan orientá-lo. 

Apesar de Colin ter a fama de chato na história, o que se confirma em alguns momentos, ele só estava precisando sair de sua zona de conforto. Com uma escrita inteligente, leve e um desenrolar sagas que prende até aqueles que odeiam a arte da soma e suas implicações. O  livro é indicado para aqueles que estão a procura de um livro bem humorado, leve e fluído. Mas cuidado! há grandes chances matemáticas de se apaixonando pelo Colin e o Hassan.

E para finalizar eu não poderia deixar de falar das notas de rodapé. Normalmente elas me irritam, e no livro não foi diferente. tudo bem que algumas notas foram brilhantemente planejadas e dão sequência a linha de raciocínio do parágrafo do qual se refere. Mas teve momentos enquanto eu lia que me sentia pairando e sendo direcionada para uma outra história, já que você precisa perder o ritmo da leitura para se concentrar em uma outra informação, que em alguns casos não agrega em nada e acaba se tornando totalmente desnecessária. Outra coisa é a matemática presente no livro que é apresentada ao enredo de forma super tranquila. Green explica tudo e principalmente, deixa claro que a matemática empregada faz todo sentido no fim da história.



    
Caso tenha lido o livro, não deixe de comentar e contribuir com a sua opinião.
Bj!
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