# RESENHA 20 // A CULPA É DAS ESTRELAS






Título: A Culpa é das Estrelas
Autor:  John Green
Editora:
 Intrínseca
Gênero: Literatura Estrangeira / Romance
Páginas: 288
Ano de Lançamento: 1 / 2012
Avaliação:      


     Como falei essa semana no Insta, (aproveita e segue tá?! rsrs #Ficadica!) Estou postando resenha dupla do livro e do filme no blog. Demorei por que só consegui ler nessa última semana. Tanto que acabei assistindo ao filme antes mesmo de devorar o livro, coisa que não curto muito fazer. Geralmente gosto de ler o livro antes de conferir a reprodução cinematografia para fazer as devidas ponderações e considerações sem me influenciar pela versão da telona. Mas não teve jeito, queria tanto assistir que marquei de ver com o fofo do miguxo Igor Rodrigues, que devido a correria eu já não encontrava há algum tempo e que também estava louco para conferir a produção e claro, colocar a conversa e o papo literário em dia.

Mas, chega de conversa e vamos ao livro. Em A Culpa é das Estrelas, conhecemos a história da personagem Hazel, uma jovem de 16 anos que foi diagnosticada com câncer terminal na tireóide, e, graças a uma droga nova, está estabilizada. Ela tem consciência de que seu tratamento não irá curá-la, apenas dar mais tempo de vida. Com a evolução da doença, Hazel teve seus pulmões comprometidos, então precisa estar conectada ao oxigênio 24 horas por dia.

Devido as preocupações de seus pais, e por achar que a filha esta depressiva, consequência comum para os pacientes com esse diagnostico, a mão de Hazel, insiste para que a filha volte a participar de reuniões de um grupo de apoio, para pacientes que sofrem de casos terminais. Hazel, não gosta nenhum pouco das reuniões e acha que não precisa passar horas a fio sentada ouvindo os outros dizer o que cada dia representou na sua vida, ouvir o líder das reuniões Patrick, falar pela milésima vez de como sobreviveu ao câncer que removeu as suas "bolas", e por fim ouvir a lista enorme com os nomes daqueles que já não se encontram nesse mundo, pensando que o nome dela em breve poderia ser inserido naquela lista. Mas apesar de tudo, para satisfazer sua mãe acaba concordando em ir.

Apesar dos protestos constantes Hazel, segue indo as enfadonhas reuniões até que em um belo dia Isaac, vitima de um câncer em um dos globos oculares e personagem que detém a simpatia de Hazel, apesar de não serem tão próximos pede para um amigo acompanha-lo a reunião a fim de apoiá-lo ao dividir uma notícia triste com o grupo. Infelizmente devido ao câncer, ele perdera totalmente a visão em breve. O amigo de Issac, é Augustus – ou Gus, um jovem jogador de basquete que perdeu uma perna para o osteosarcoma, um tipo de câncer raro. Um garoto alto e bonito, e que não pára de encarar Hazel. Os dois começam a travar uma verdadeira batalha de olhares durante a reunião, que só se encerra quando, Augustus, é convidado por Patrick, a se apresentar para os demais.

Hazel é contagiada por Gus, que vê o mundo e as coisas ao redor dela de maneira otimista. E principalmente a ensina que temos que viver um dia de cada vez, e este como se fosse o último. A escrita de John Green, é magnífica! O autor sabe dosar os sentimentos evocados, dando vários fôlegos cômicos entre a narrativa reflexiva e densa. Acompanhar Hazel, é pesado, pois sua carga é pesada, mas graças a habilidade de Green conseguimos suportar a carga e chegar ao fim do livro com uma sensação de bem estar incrível. Durante a leitura eu ri, chorei e refleti sobre a vida e o mundo a minha volta, tudo elevado a máxima potência.

Não é um livro sobre crianças com câncer, é um livro sobre primeiro amor, sobre as durezas da adolescência. E sim, há pessoas jovens com câncer, mas em nenhum momento isso as define. E está aí o brilhantismo da coisa toda. É como se o autor fosse inserindo camadas de complexidade pra quem quiser e conseguir pescar – toda a história deles com o autor do livro preferido da Hazel é tipo uma introdução à teoria da literatura, e eu achei isso muito bacana.

O que me encantou na história foi a identificação que eu acho que a maioria das pessoas pode sentir com os personagens. Embora poucos adolescentes tenham de enfrentar um câncer tão novos, o câncer não é o foco, é um obstáculo que a Hazel e o Gus têm que enfrentar para ficarem juntos pelo tempo que puderem. Sinto que o câncer era, sim, um modo de o autor falar sobre o sofrimento de ter que passar por isso e estar em volta de pessoas passando por isso, mas também poderia ser entendido como aquilo que acabaria com qualquer amor – no caso, o primeiro amor. Desse modo, ele disse, “ei, seu amor, principalmente seu amor adolescente, pode acabar e pode acabar de um jeito trágico; pode acabar de um modo que você não esperava (já que a expectativa era que quem morresse fosse a Hazel e não o Gus), mas ele vai deixar uma marca e ser importante para você”.

É uma narrativa impactante e emocionante, que coloca seus pés no chão e te faz enxergar as doenças de forma holística. Mas não se enganem, além do humor ácido e do desdém por tudo o que é convencional, A Culpa das Estrelas não é um livro que fala de tristeza, e sim um livro que fala de amor pelo próximo. E que nos faz ter uma reflexão profunda sobre nossos atos e a nossa própria vida. Indico a leitura do livro para aqueles que querem se emocionar, mas que gostam de livros que proporcionam a oportunidade de questionar suas crenças. Que gostam de livros que nos acompanham por muito tempo após o término da leitura, fato que o tornou um de meus favoritos.

Uma história de amor que os faz embarcar em uma jornada inesquecível. Não deixem de conferir a resenha do filme aqui. E a última coisa que tenho a dizer sobre "A Culpa e das Estrelas"?? John Green, obrigado, você é fantástico!!



    


Caso tenha lido o livro, não deixe de comentar e contribuir com a sua opinião.

Bj!
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