Título: E a orquestra continuou tocando...
Autor: Christopher Ward
Editora: Lafonte
Páginas: 272
Avaliação:






Quem nunca ficou com lagrimas nos olhos ao assistir aos últimos momentos do casal apaixonada Jack Dawson e Rose DeWitt Bukater? Personagens lendários, vividos pelos atores Leonardo DiCaprio e Kate Winslet na história ficcionalizada do naufrágio do RMS Titanic (1912).
Apesar da paixão e de todo o apogeu que envolve os personagens centrais, um dos pontos que sempre me chamou bastante a atenção e que ainda me deixa com lagrimas nos olhos, é justamente o tema desde livro. E a decisão de alguns músicos e principalmente grandes amigos, durante o naufrágio de continuar tocando em meio ao caos e o pânico que se instalou após o choque do navio com o iceberg, para tentar inutilmente acalmar os passageiros aterrorizados, desesperados e já condenados pelo frio. Jock Hume, que na época tinha 21 anos, era o violinista da orquestra do Titanic.
Como sabemos, nenhum dos integrantes da orquestra sobreviveu. Jock, que deixara em terra a noiva grávida, jamais conheceu a filha. E algum tempo depois da tragédia, seu pai recebeu uma carta da companhia que o contratava, era uma cobrança pelos botões do uniforme do jovem morto. Essa história de perda, crueldade e amor é magistralmente contada no livro por Christopher Ward, neto de Jock Hume, que investigou com extrema minúcia o passado de sua família, fornecendo detalhes pouco conhecidos da maior catástrofe marítima de que se tem registro.
Entrelaçando memorias de família com informações históricas, Ward reconstrói o drama de seus antepassados, expondo sua fragilidade, heroísmo, e toda gama de sentimentos e atitudes de pessoas comuns que se tornaram grandes em meio a tragedia.
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