ANALISE LINGUÍSTICA DA MÚSICA "DOIS RIOS" DO SKANK

Imagem: Divulgação / Reprodução.

      Na última semana na aula de Linguagem e Comunicação na faculdade, o professor resolveu levar para sala uma analise mais profunda e linguística da letra e do vídeo de "Dois Rios", composição de Samuel Rosa , Nando Reis e Lô Borges que virou sucesso com o Skank. Eu particularmente tenho um carinho muito grande por essa música, mais nunca tinha parado para analisar a letra tão profundamente, até agora.

Considerada uma balada psicodélica, ou seja, composta de características que remetem a uso de drogas alucinógenas, devido a sua composição está repleta de ambiguidades e citações semelhantes a delírios. ”Dois Rios”, tem uma letra de extrema riqueza tratando de um amor que faz o impossível para se concretizar. Podemos compreender o sol tratado na música como o próprio amor, principalmente no seguinte trecho da letra. "O sol se põe e se vai, mas renasce no Japão, o sol é a mãe e o pai, é o pé e a mão e além de tudo dissolve a escuridão". O amor é isso, ele não morre, existem obstáculos que podem ser superados fazendo-o ser aflorado novamente. Infelizmente não consegui achar o clipe original para mostrar toda essa poesia apresentada no vídeo, mais vale á pena conferir e ouvir!

Dois rios cita tudo que existe em par, os pés, as mãos, os dois olhos, os lábios. Tudo em dois para comparar aos dois rios inteiros sem direção. Quem seriam os rios? O homem, a mulher, os membros que formam um casal? A resposta pode ser essa, os dois rios inteiros são a composição de dois corpos inteiramente entregues um ao outro, sem rumo, sem limitações, pra enfim seus dois lados darem as mãos e conhecerem o que a voz da vida tem pra dizer.

Esse sucesso embalou muitos romances nos anos 2000, mais especificamente no início de 2003, onde foi inserido como o primeiro single do disco ”Cosmotron” e faz parte de uma fase de mudanças do estilo musical do grupo.